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03/10/2019

A ORIGEM DAS ARTES MARCIAIS CAPITULO II- A ARTE DE MARTE

Capítulo II – A Arte de Marte

Marte, o Deus Romano da Guerra, é de quem derivou o nome “Arte Marcial”, que, a princípio, designava um conjunto de artes ou técnicas utilizadas em batalha. Estas técnicas, que incluíam práticas físicas e mentais, inicialmente derivadas de exercícios de guerra focados no combate corpo a corpo, sofreram uma modificação gradual ao longo do tempo e foram transmitidas de geração a geração, vindo a ser codificadas em várias culturas.

Apesar de designar em nossos dias o conjunto dos Esportes de Combate, principalmente as lutas corpo a corpo com os contendores desarmados, ou manejando armas brancas como espadas, bastões e arco e flecha, por exemplo, alguns autores divergem no conceito mais restrito de Artes Marciais, como sendo apenas os esportes de combate de origem Oriental ou quando a luta tenha “sido utilizada historicamente como recurso defensivo de uma Nação ou Comunidade”, como afirma o Mestre Marco Natali, por exemplo. Já, para o Professor Luiz G. B. Rufino, além de destacar a diferença existente entre “luta” e “briga” (esta não teria regras, por exemplo), também conceitua Luta como uma prática corporal “em caráter de oposição entre indivíduos (...) por meio do enfrentamento físico, o alvo móvel e personificado na outra pessoa, a presença de regras...”; já o conceito de Arte Marcial seria mais amplo, referindo-se inclusive a “certos aspectos filosóficos, artísticos, holísticos...”; finalmente, conceitua Esportes de Combate como as “práticas de luta que passaram por um processo de esportivização, isto é, tornaram-se esportes competitivos”.

Ao contemplar estes diversos conceitos, uma reflexão necessária se faz ao considerar a noção de Defesa Pessoal, que tem estreita ligação com as práticas de lutas. É fato que a questão exclusiva da defesa pessoal, que é a capacidade de um indivíduo, geralmente sozinho, defender-se ou repelir uma agressão perpetrada por terceiros está mais perto da origem guerreira das lutas, onde sair vivo e matar ou incapacitar o oponente eram os objetivos principais; desta forma, não é de todo incorreto afirmar que a Defesa Pessoal está mais para a briga, sem regras, sem nenhum caráter esportivo, do que para uma luta ou esporte de combate. Confundir a capacidade esportiva ou a simples prática de uma Arte Marcial com a capacidade de Defesa Pessoal contra uma agressão real pode ser perigoso para o praticante. Obviamente, um artista marcial tecnicamente possui um melhor preparo para um eventual enfrentamento não esportivo, mas é muito importante destacar a enorme diferença entre defender-se de uma agressão injusta e inesperada e um combate esportivo.

 

Os textos desta coluna são prévias do livro que o autor lançará em breve e estão protegidos pela Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998). Proibida a cópia e reprodução.Setembro/2019